terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O momento do tiro

Despetale as flores de sua vida
Rasgue sua própria carne e pele com suas unhas roídas
Fira seus próprios olhos com as imagens que te assombram

Morre, infeliz!, como se nunca tivesse vivido,
porque o morto que já viveu teve história pra contar.

VOCÊ NÃO!
Não tem história, queridinho, não teve amor na sua vida.
Foi capa de estopa, saco vazio que não parava em pé.

Era feliz, era?
Era nada, que inteligência é quase antônimo de felicidade.

Sofre, pobre diabo, porque...
porque...
porque sim, ué.
Quem mandou nascer? O viver é sofrimento.
Sofre! Não tem direito a uma vida feliz, não...
quem te disse isso?

Deixa que eu te olho
e te vejo sorrir

no momento do tiro

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