quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Realidade [2]

Bem poderia eu viver a realidade. Aquela, de todo mundo. Não a minha. É quase como se a realidade fosse relativa ao observador. Quem sabe não é...
Talvez, com a realidade, eu vivesse melhor. Como se minha vida até o momento fosse tão conceitual que me induzisse a uma não-humanidade.
Talvez seja por isso o let me out of here cantado em backing vocal e quase imperceptível. Talvez eu queira me desconfinar da prisão que me é o meu próprio EU. Talvez por isso os sangrentos desejos de morte. Minha morte. "Morre o homem e nasce o super-homem", diria Nietzsche. Acho que não. Eu quero é matar o meu super-homem. Como disse antes, essa não-humanidade me aflige.
Talvez a minha felicidade seja mesmo isso. O governo não falar por mim e eu ter uma vida quieta. Um aperto de mão de monóxido de carbono.

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