Vou produzir uma obra
a mais magnífica obra
que ninguém vai entender
Fundirei no mais puro bronze
um grande, altivo Belerofonte
mas ninguém vai entender
Pintarei magníficas telas
cantarei as canções mais belas
apesar de ninguém entender
Tentarei toda sorte de gênero
do baixo ao alto, além do ameno
pena que ninguém vai entender
Cansado, com fome, aflito
lançarei mão de um único grito
"Alguém vai entender?"
No final, acabará o problema
eu farei meu próprio poema
para ninguém mais entender.