sábado, 19 de dezembro de 2009
Uma Frase
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A Fuga ou A Volta
Um Pouco de Chico Buarque no Meio do Meu Almoço
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
A Metamorfose ou Os Insetos Interiores ou O Processo
"Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, in(f)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores."
O Teatro Mágico
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Arrepio
Ensaio sobre o amor, sobre nós dois
Eu também sei que a maioria das pessoas se perdem em momentos assim.
Entretanto nós dois, querida, sempre nos encontramos.
Porque há de sempre ocorrer um carinho telepático,
um e-mail de "euteamoprasempreecadavezmaisamordaminhavida",
um sorriso,
um gesto,
um beijo roubado...
para nos salvar.
Escritos em cartas dentro de caixas douradas. Ficam lá guardados os hinos que cantam o nosso amor.
És a moça da minha vida.
Sou o moço que te fará feliz (prometo...).
Porque amor também é ser companheiro.
E, às vezes, alguns esquecem disso.
O amor é cultivado em todos os momentos.
Intangível é o amor que os outros querem. Com perfeccionismo, exibicionismo, posses, ranhaduras da dura realidade.
Possível é esse amor, o mais bonito de todos, que nos une... que é o lugar mais quente e doce do mundo inteiro.
Enquanto a maioria das pessoas se perdem,
eu sempre acabo te encontrando dentro do meu coração."