domingo, 30 de março de 2014

Big Bang

abro um papel em branco
e pouso sobre ele minha caneta

- há de começar aqui o
Universo

Poesuco

Pôr à prova a realidade
e com ela toda a vida
humana
Esmiuçá-la bem
Manipulá-la
Espremê-la até o suco sair
Tomar o suco

Nutro minha poesia de ciência
e vivo pleno
na nova realidade

Nihil

nada existe

nada existe
nada existe
nada existe

aponto, com força,
dedo em riste
para o nada
que plana calmo
nuvem soprada
sobre pilhas e pilhas de livros

nada existe
nada
existe

me aponte o mundo
e te retrucarei o nada
aponte a história
minha resposta é o nada
códigos máquinas sentenças livros milenares sabedoria dos antepassados folclore popular
nada nada nada nada

nada existe
nada existe
nada existe

construamos.