Meu cabelo continua com o mesmo tom de cinza.
Meu cérebro continua funcionando a toda velocidade.
Meus olhos azuis continuam frios.
E minha perna ainda dói.
Sofri quando ela me deixou,
sofri quando ela morreu.
Sofri quando eles foram embora,
mesmo que tenham continuado por perto
Sofri quando ninguém me quis mais.
E minha perna ainda dói.
Meus amores pertencem a um passado preso ao futuro,
sempre que vão começar eu já sei que acabaram.
Meus amigos pertencem a mim, e mais ninguém,
mas isso até eles me abandonarem.
Minhas mãos tremem de agonia e minha testa se molha de suor,
à noite, sozinho, na cama, no quarto escuro.
E minha perna ainda dói.
Mesmo com uma imagem inteligente,
o conteúdo se degrada a cada negação de mim mesmo.
Mesmo com cada pessoa salva, cada alma pura, cada mentira,
cada choro de agradecimento, cada abraço de amor-pago.
Mesmo com tudo isso,
minha perna ainda dói.
Minha perna ainda dói,
porque as pessoas não mudam.
Tá vendo House demais, Gabi.
ResponderExcluirMas bonito o texto :D
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