Algo que envolvesse sangue e catarro, cortes a faca de carne e frieza de atitude. Quase um anti-eu. Um corpo sem mente. Sem individualidade. Massa de manobra, carne moída gritando que não quer mais educação, nem sarcasmo nas salas-de-aula.
Normalmente não escrevo reflexões em prosa e prefiro metaforizá-las em patos ou poesias abstratas. Mas hoje não. Hoje quis dizer quem sou com todas as palavras. É como se normalmente eu escrevesse as coisas para um seleto grupo que fosse me entender. Mas, repito, hoje não. Hoje sou eu com todo o meu vocábulo explícito, sem-vergonha. Acho que a escatologia de hoje está nisso aí: dizer quem eu sou pode ser nojento para a maioria das pessoas.
PS.: Outro dia tive um sonho. Sonhei que gritava verdades para que todos pudessem ouvir. Ao acordar me senti mal. Ninguém se interessa pela verdade.
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